A Revista Acadêmica Online, com prazer, introduz o trabalho intitulado “Relações da Educação e a Dependência Química: Propostas de Intervenção através da Afetividade na Prevenção do Uso de Drogas”, de lavratura dos autores Aparecida Graciele de Almeida e Douglas Manoel Antonio de Abreu Pestana dos Santos. Quanto as suas trajetórias profissionais e acadêmicas, nossos pesquisadores são, ordem de apresentação: A autora Aparecida trabalha na Educação Municipal do Ensino Fundamental I é pedagoga e Especialista em Alfabetização e letramento; o Pesquisador Me. Douglas é Especialista em Neuropsicopedagogia e Neuropedagogia, tem Aperfeiçoamento em Educação, Pobreza e Desigualdade Social pela UFSCAR e Abordagem interdisciplinar ao usuário de crack e seus familiares pelo Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes - UERJ Núcleo Técnico Científico do Estado do Rio de Janeiro.
Gostaríamos de, a título de epígrafe, abrir a apresentação com a citação do pesquisador Mário David, Médico (2012, p.03), do artigo – Compreender a Vulnerabilidade Auditiva: Uma Perspectiva neuro-psicanalítica, produção veiculada à Revistaonline – Nova Serie:
"(...) as principais motivações para as pessoas usarem substâncias psicoativas, passava pela sua necessidade de ajuda para lidarem com os afetos negativos (dolorosos) ou por elas sofrerem de situações mentais resultantes de perturbações emocionais e de outras perturbações psiquiátricas ou ainda devido ao fato destas substâncias psicoativas terem a particularidade de aliviar, em determinadas circunstâncias, o sofrimento psicológico.."
Eis a essência do artigo:
Vários indicadores mostram que o consumo de drogas tem atingido formas e proporções preocupantes no decorrer deste século, sobretudo nas últimas décadas. As consequências do uso abusivo de substâncias psicoativas são percebidas nas várias interfaces da vida social, ou seja, na família, na escola, no trabalho, na saúde, no trânsito, no aumento da criminalidade. Este artigo pretende abordar o papel do desenvolvimento da afetividade na escola como forma de construção de medidas preventivas a adesão de crianças e adolescentes ao uso das drogas, através da ação dos professores dentro das salas de aula. Não é atividade fácil afastar uma pessoa do uso de drogas psicoativas, logo a prevenção é a melhor forma de evitar a dependência química. Por entender que a fragilidade dos vínculos familiares é uma das condições que levam o jovem ao uso abusivo das drogas, e pela escola ser uma das instituições que acompanham o indivíduo ao longo de seu crescimento e desenvolvimento, pode-se apontar este ambiente como tendo um papel importante no estabelecimento de medidas capazes de resgatar muitos jovens, antes que estes iniciem no mundo das drogas. Fez-se um percurso necessário para a compreensão do espaço que as drogas ocupam na vida do ser humano ao longo dos tempos, assim como a compreensão do que é a dependência química e seu complexo reflexo na vida dos seres humanos. A vulnerabilidade aditiva foi abordada por ser uma patologia comum nos dias atuais, que também pode levar a dependência química. Esta pesquisa foi bibliográfica, baseada em artigos, livros e revistas com publicações que variaram de 1969 a 2015. Acredita-se, efetivamente, que se pode alterar o curso da história de muitos jovens, através da formação de vínculos entre os jovens, entre jovens e professores e entre os jovens e seus familiares. Há que não se concentrar apenas em conteúdos programáticos, todavia, atentar para a formação de laços humanos, capazes de alterar o rumo da vida de muitas crianças e adolescentes, que estão em situação de risco e, frequentam o ambiente escolar. Sendo a educação e a atuação do professor, verdadeiros instrumentos de transformação dos seres humanos.
Tomamos as palavras dos autores Tágides Mello e Juliana de Alcântara Silveira Rubio (2013, p.9), do artigo intitulado – A Importância da Afetividade na Relação Professor/Aluno no Processo de Ensino/Aprendizagem na Educação Infantil, veiculado ao periódico Revista Eletrônica Saberes da Educação, a fins de uma reflexão paradigmática epilogal da tese defendida nesse estudo:
“A relação entre professor e aluno depende, fundamentalmente, do clima estabelecido pelo professor, da relação empática com seus alunos, de sua capacidade de ouvir, refletir, discutir o nível de compreensão dos alunos e da criação de pontes entre o seu conhecimento e o deles. Indica também, que o professor, deve buscar educar para as mudanças, para a autonomia, para a liberdade possível numa abordagem global, trabalhando o lado positivo dos alunos e para a formação de um cidadão consciente de seus deveres e de suas responsabilidades sociais.”
Nota do Editor:
O artigo foi de grande contribuição para enriquecer o conhecimento de nossos leitores, mormente aos pesquisadores ligados as áreas de Saúde Mental, Psiquiatria, Pedagogia, e estudiosos que se desdobram em reflexões avançadas de teorias psicogenéticas, dependência química e patologias relacionadas ao uso de drogas; mas devido à sua pressurosa demanda por conscientização, sua produção se endereça a grupos muitos amplos podem se beneficiar da sua leitura (pesquisadores que podem referencia-lo para comprovar mais hipótese) e não-pesquisadores que podem se servir deste estudo como orientação pessoal.
Paz e Bem!
Para leitura, na íntegra, em P.D.F, clique no link a seguir: