A Revista Acadêmica Online, com prazer, apresenta o trabalho intitulado "Processando o Processo de Criação: A Exposição do Percurso Criativo no Romance Nove Noites de Bernardo de Carvalho", lavrado pela autora Joanita Baú de Oliveira. A pesquisadora é Doutoranda em Letras do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Pernambuco e, bolsistas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Mestre em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco (2015), Pós-Graduada Lato Sensu em História da Amazônia pela Faculdade Internacional de Curitiba em parceira com o Instituto Brasileira de Pós-Graduação e Extensão (2012), Graduada em Letras pela Universidade Federal do Pará (2010).
O presente trabalho investiga como ocorre a exposição do processo de produção de um texto literário dentro dele mesmo. Na pós-modernidade as obras não tem apenas a criação como tema. O ato criativo se tornou a própria obra. As chamadas obras-processo tornam tênues as fronteiras entre o tempo de desenvolvimento e o tempo de exposição do produto final, permitem a participação do público e o desvelamento dos segredos da criação artística. Essas peculiaridades parecem ser inconciliáveis com características próprias da literatura registrada em suporte físico. O acabamento do texto literário, por exemplo, interpõe-se como barreira à interatividade, a qual pressupõe objetos em permanente reconstrução. Do mesmo modo, a fidedignidade pressuposta de um relato de criação tem estatuto contrário ao texto fictício. Diante dessa problemática, indaga-se sobre as possibilidades de exposição do ato criativo dentro de textos ficcionais finalizados. Para tanto, toma-se como objeto de pesquisa o romance Nove Noites de Bernardo Carvalho. À luz do referencial teórico que aborda o processo criativo, a metaliteratura e a intertextualidade, objetiva-se compreender como o ato de criação é desvelado em uma obra de arte com carácter ficcional em suporte físico. Ao final da pesquisa, constata-se que a narrativa literária tem encontrado recursos e elementos estéticos, tais como a autoreferencialidade e o não fechamento do texto, para propiciar a interatividade e a transparência, próprias da arte-processo.
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