A Revista Acadêmica Online, com prazer, apresenta o trabalho intitulado “Letramento Literário na Educação de Jovens e Adultos: A Identificação do Sujeito por meio das Crônicas”, lavrado pelas autoras-pesquisadoras: Maely Mendes da Rocha e Thayana Monteiro Lira de Lucena; Graduandas do curso de letras Português – licenciatura da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Este trabalho objetiva discutir estratégias de desenvolvimento da capacidade crítica e reflexiva da leitura e da interpretação por meio do contato com o gênero crônica, em seus ambientes discursivos, por alunos da EJA. Espera-se que a metodologia adotada auxilie no desenvolvimento da capacidade de inserir-se linguisticamente e socialmente no âmbito da leitura. Para esse feito as autoras colocam-se perguntas de pesquisa que norteiam todo o artigo e que revelam suas ideias de literatura: “como melhor trabalhar literatura na EJA? Qual ou quais os melhores gêneros para introduzir a literatura nas fases e módulos da Educação de Jovens e Adultos? Fundamentando-se em teóricos a partir das reflexões de Candido (2004), Sá (1985) e Kleiman (2006), as autoras tentam responder essas perguntas mostrando de forma eficaz como o processo dos gêneros textuais (com o foco mais aguçado ao crônico) é uma processualidade criativa que permite uma melhor inventividade do sujeito à concepção de sua identidade.
“Uma vez posta as perguntas de origem e definido o pano de fundo – a defesa do gênero textual crônica, como legítimo processo criativo - , as pesquisadoras realizam um duplo objetivo: a análise do gênero crônicas de um lado, e o efeito de sua estrutura textual para o sujeito." (N. do Editor)
Face aos pontos aqui discutidos, o presente estudo sugere a importância de pensar formas de transgredir o tradicionalismo do ensino e trazer à sala de aula, especificamente do EJA (Educação de Jovens e Adultos), métodos inovadores com valores efetivos e eficazes no ensino-aprendizagem dos alunos.
As autoras demonstram a eficácia desse pensamento em conscientizar o trabalho dos professores sobre o desenvolvimento de habilidades mentais - (“leitura e escuta ativas do manuscrito ‘grifo do Editor’” – não uma mera adaptação ao código linguístico – que incentivem e elevem a ênfase na relevância das práticas de leituras – no plural, já que se considera que são múltiplas e heterogêneas -. Deve-se refletir a construção do leitor ativo, como aquele compreende o código e as interferências ideológicas que perpassam o sentido de um determinado enunciado/texto.
Demonstra-se, a partir desse trabalho, a eficácia do trabalho com gêneros textuais, especificamente o gênero crônico, ao se defender a tese de como a construção de sentido dessa modalidade textual reflete a dinâmica social no qual o aluno está inserido.
“A contribuição deste trabalho se estende à diversos âmbitos de estudo e reflexão. Nossas autoras oferecem uma excelente didática “crítica” para os pesquisadores que se aproximam pela primeira vez desta abordagem. Nos planos teóricos (estado da arte dessa faixa de estudos), epistemológico (o pensamento pelo “fazer ciência”) e metodológico (como, o que, e por onde prosseguir), pela extensão (visão silente) e compreensão (concentração em recortes singulares numa vertical mais profunda). A escassez de literatura disponível identificado pelas autoras sobre a relação entre a efetividade da leitura como valor incorporado à capacidade crítica, e o uso do gênero crônico como um dos veículos promotores dessas habilidades, aponta para novas marchas de questões e investigações a serem trilhadas pelos pesquisadores interessados e gerações vindouras para que desenvolvam e aperfeiçoem uma visão sobre a leitura capaz de compreender a leitura como um prazer, por permitir forjar um espaço para lapidar novas capacidades, com sentido, significado e identidade para o sujeito. Portanto, o estudo apresenta uma proposição defensável e judiciosa – a identificação do sujeito por meio do gênero crônica é um caminho eficaz para o professor de língua portuguesa que deseja desenvolver no seu aluno o prazer pela leitura -, que perpassa diversos campos com heurísticas de avaliação diferentes que exigem necessária paciência, reflexão e compreensão de quando cada e como cada abordagem funciona melhor.” (N.do Editor)
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