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A Revista Acadêmica Online com prazer apresenta o trabalho intitulado " A opção da diplomacia pelo regionalismo: a virada da política externa dos governos militares brasileiros", de lavra do pesquisador Rafael Macedo da Rocha Santos. O autor desse trabalho possui ampla e variada folha curricular: doutorando em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2018). Bolsista CAPES. Graduado em História (Bacharelado e Licenciatura) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Mestre em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Possui três pós-graduações lato sensu nas áreas de Gestão em Relações Internacionais, Meio Ambiente e Economia. Diplomado em Globalização, Relações Internacionais e Cooperação Internacional. Atuou como pesquisador celetista do Instituto BRICs Policy Center na área de Economia, e bolsista-mestre do setor de Direito da Fundação Casa de Rui Barbosa, atuando no grupo de pesquisas CEDPIR (fluxos migratórios). O núcleo de sua faixa de estudos compreende as áreas de Economia, História e Ciência Política contemporâneas com foco em análises sobre nacionalismo, política externa, história econômica e política brasileira, relações internacionais contemporâneas.
O artigo em pauta é um estudo baseado em uma modalidade historiográfica conhecida como História Comparada, cujo objetivo é abordar, empiricamente, pelo método comparativo, as orientações da política externa brasileira nos regimes militares pós-64. Para a fundamentação desse trabalho, foi necessário um levantamento exploratório da bibliografia existente para a coleta de produções que intercalem materiais diferenciados do ponto de vista da investigação a ser problematizada, abrangendo áreas de História (especialmente em suas dimensões econômicas e políticas), Ciências Políticas, e Relações Internacionais. A revisão bibliográfica, portanto, enuncia quais os campos temáticos e interlocutores, com os quais o autor trava seu diálogo historiográfico e científico.
Foi desenvolvida uma breve análise da Teoria das Relações Internacionais, ao apresentar conceitos como neoliberalismo, anarquia e ordem mundial, que são familiares aos estudiosos de Relações Internacionais. Em seguida procede com um recorte temporal historiográfico, cujo objeto de pesquisa atravessa três governos militares brasileiros bem distintos, como o Governo Médici (1969-1974), Geisel (1974-1979) e João Baptista Figueiredo (1979-1985), pontuando no primeiro governo o panorama obscuro do Brasil, relegado a condição de satélite privilegiado dos Estados Unidos; a abertura interna “lenta, segura e gradual” preconizada por Geisel, e os aprofundamentos de novos vínculos internacionais na gestão de Figueiredo. Entende o autor, que os interesses nacionais seriam melhor atendidos com a política externa atrelada ao cenário internacional, integrando-se aos blocos econômicos, alinhavando princípios de autonomia e desenvolvimento regional, reivindicados pelos mercados emergentes.
Este estudo contribui para ampliar o diálogo com historiadores, cientistas políticos e internacionalistas. O caminho historiográfico construído nessa estrada de reflexão dá-nos a perceber que o recorte documental no tempo e espaço, ao ultrapassar a mera narrativa histórica, mostra-se como uma possibilidade de abertura metodológica, para o historiador definir seu recorte, em sua delimitação temporal específica, válida para a proposição temática em sua singularidade.
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